quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Revista Veja já publicou a "Privataria Tucana" a 9 anos...

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Edição 1750 de 09/05/2002 - No racha demo-tucano de 2002, a revista ficou do lado do PFL por um momento, e publicou 10 páginas de fogo "amigo" denunciando propina na Privatização. Estão lá os mesmos nomes do livro de Amaury: Ricardo Sérgio e José Serra.


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Nove anos depois, o livro de Amaury Ribeiro Jr. traz respostas para a pergunta que a revista Veja fez na edição 1751 de 15/05/2002. Gregorio Preciado também foi alvo da reportagem.
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A revista Veja está numa sinuca de bico com o livro de Amaury Ribeiro Jr. sobre a maior ladroagem da história do Brasil: a privataria tucana comandada por José Serra no governo FHC.

A revista não tem como contestar o conteúdo do livro, pois além das provas documentais, o livro aprofunda reportagens da própria revista Veja, de maio de 2002, sobre propinas na Privazatição da Vale e das teles, denunciadas pelo fogo amigo demo-tucano na época: o próprio comprador da Vale, Benjamin Steinbruch, os tucanos Paulo Renato de Souza e Mendonça de Barros, foram as fontes da revista.

É preciso entender o contexto da época, que levou os Civita a publicar o fogo amigo contra Serra. Eles desenganavam as chances de Serra vencer a eleição de 2002, e em conluio com o PFL de ACM e Bornhausen, procuravam eleger outro candidato que consideravam com mais chances de vencer Lula.

A aliança PSDB-PFL havia rachado. Serra trocara o PFL pelo PMDB como principal parceiro. ACM já atirava contra Serra, e era uma fonte constante de denúncias sobre Ricardo Sérgio. Em maio de 2002, Serra patinava nas pesquisas, havia abatido Roseana Sarney, a então candidata do PFL, e não conseguia herdar nem as intenções de votos que Roseana perdera. Os caciques ACM e Jorge Bornhausen desembarcaram na candidatura de Ciro Gomes, que crescia nas pesquisas, tinha um discurso de oposição, mas não sofria o preconceito e medo da elite, como Lula.

Foi nesse contexto que a revista Veja publicou denúncias envolvendo Ricardo Sérgio e Gregório Preciado, os mesmos protagonistas do livro de Amaury Ribeiro, e com as mesmas denúncias, só que desta vez com provas documentais, e acrescida a participação da filha e genro de José Serra.

A Veja não tem como apagar essas reportagens. Não pode fazer como FHC e dizer "esqueçam o que escrevi", justamente quando as suspeitas de então aparecem agora acompanhadas de provas no livro de Amaury.

A única coisa que a Veja pode fazer para proteger a corrupção tucana é o que está fazendo: silêncio sobre o assunto e cortina de fumaça com outras "denúncias" para preencher a pauta. Mas é preciso lembrar que essa conivência, mesmo que na forma de silêncio, hoje revela cumplicidade na corrupção.O fim de José Serra e do PSDB 


Não vai dar para fazer silêncio para sempre, até porque o livro é só a ponta do iceberg. Imaginamos o quanto é doloroso para alguém com Reinaldo Azevedo ter que escrever o obituário político de José Serra, (cujo futuro é o mesmo de Maluf), e o fim do PSDB como alternativa de poder, justamente no momento em que o marqueteiro Antonio Lavareda tentava resgatar o que o tucanos acham que seja o legado de FHC. Com o livro de Amaury, o único legado de FHC que sobra é a maior roubalheira que uma grande nação já sofreu em seu patrimônio, pela rapinagem de politiqueiros embusteiros e traidores da pátria que venderam as riquezas da nação a preço de banana a troco de propinas. Pobre Aécio Neves (outro vendilhão). Sua estratégia de defender FHC e a privataria acabou de falir e precisa voltar para a prancheta dos marqueteiros para recauchutagem geral.Há 9 anos, o mesmo trololó

Em 2010, toda vez que José Serra era perguntado sobre algum dos vários escândalos de corrupção que ele estave envolvido, ele desdenhava chamando de tititi e trololó. Em 2002 ele fez a mesma coisa:
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O que a Veja dizia em 2002

Clique nas imagens para ampliar 
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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Morre o polêmico blogueiro Amilton Alexandre, o Mosquito, do Blog Tijoladas do Mosquito de Santa Catarina


Foto: Diego Wendhausen Passos
O polêmico blogueiro Amilton Alexandre, o Mosquito, foi encontrado morto dentro da sua casa ainda há pouco. A informação, divulgada às 18h33, é do seu amigo, o jornalista e também blogueiro Sérgio Rubim, do Cangablog.
Mosquito era odiado e temido por muitos políticos catarienses, especialmente de Florianópolis, por suas duras e ácidas críticas, postadas no blog Tijoladas do Mosquito.
Informações preliminares, dão conta de que, ao final da tarde de hoje, Alexandre havia sido encontrado enforcado em seu apartamento, em Palhoça, o que sugere suicídio, segundo as autoridades policias que apuram o caso.
Segundo, Rubin, “O secretário de segurança Walter Gruba determinou que uma equipe da diretoria de informação e inteligência do SSP se deslocasse até a casa de Amilton Alexandre. Por ser um personagem polêmico e visado, Gruba quer uma apuração detalhada sobre o caso.”
Informações sobre um mandato de prisão, que teria sido expedido contra o Mosquito neste final de tarde, foram desmentidas.
O polêmico jornalista florianopolitano foi preso em 1979 por participar de protesto contra o general João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar, e enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Formado em Administração de Empresas pela UFSC, ele foi líder estudantil. Seu blog “Tijolhadas” lhe rendeu cerca de 30 processos  por calúnia e difamação.
Izidoro Azevedo dos Santos (62 anos), advogado que defendeu Amilton em dois processos, levanta dúvida sobre o suicídio do blogueiro “terá mesmo o blogueiro se suicidado, ou sua morte terá sido obra dos incontáveis desafetos que cultivou, com suas enérgicas e contundentes denúncias de corrupção e lambanças políticas as mais variadas.”
Santos, que é conhecido como Herbert, conta que “Um deles (dos desafetos), numa audiência em que eu estava presente, chegou a afirmar, na frente da Juíza, que saíra de casa para matar o Amilton, mas fora dissuadido do seu intento pela família e por amigos.” Cuidadoso sobre essa ameaça, Herbert também postou em seu blog “Não posso afirmar que a morte do Mosquito tenha sido obra de gente ao serviço dele, citando a circunstância para lembrar o estado de exasperação em que chegaram os denunciados pelo blogueiro, com palavras contundentes e, não raro, consideradas infamantes, as quais engendraram inúmeros processos criminais e cíveis, contra os quais o acusado travava uma luta desigual, mesmo estando apoiado por simpatizantes.”
Amilton Alexandre encerrou seu blog no dia 9 deste mês, onde postou:
“Quem tem acessado o blog nas últimas semanas notou um vem e vai de informações, postagens deletadas e até comentários sobre a coragem do blogueiro nas suas manifestações.
O blog foi construído com o objetivo de denunciar corrupção, tratar de assuntos ligados a cidadania e versar sobre os mais diversos temas da blogosfera.
Durante todo esse tempo, minha atividade foi manter o blog com informações e denúncias.
O blogueiro, apesar de muitas vezes advertido, carregou nas tintas contra os políticos. Passou dos limites em alguns casos. Claro, colheu processos e condenações, aos quais recorre.
Mas contribuiu para tentar sanear a política catarinense. Não foram poucos os assuntos tratados aqui  transformados em inquéritos no Ministério Público e ações civis públicas.
Quem achou que havia financiamento de grupos interessados em obter vantagens com o que era publicado aqui, se enganou.
Tanta dedicação ao blog levou-me a um isolamento familiar, com oposição a minha atividade, problemas de saúde e outras dificuldades. Nas últimas semanas acusei o nocaute. Não tenho mais como enfrentar as ameaças e retaliações pelo que publico. É sensato dar um tempo.
Como diz um amigo meu: O que vc ganhou com o blog?
O ganho não foi pessoal, mas coletivo. Talvez um dia eu tenha a resposta para a minha parte.
Agora vou tentar me reestruturar numa atividade menos tensa. Preciso dar mais atenção a quem precisa: eu mesmo.
Passando pelo Cangablog vejo que o arsenal de maldades dos políticos não para. Vou deixar o Canga linkado aqui permanentemente. Devo dar alguns pitacos lá.
Aos meus leitores desejo bom Natal e um Ano Novo com saúde e paz.”
A última postagem no blog do Mosquito, que não está mais no ar, havia o seguinte texto de Jerônimo Gomes Rubim:
E encerra suas atividades o polêmico blog Tijoladas do Mosquito. Por três anos, legislativo, judiciário, executivo e outras ôtoridades de SC tremeram nas bases com as denúncias e xingamentos do Mosquito.
Ele foi o primeiro a denunciar o escândalo da árvore de natal da Beira Mar Norte. O primeiro a falar sobre os estupro de uma menor envolvendo Sirotskys. Várias denúncias do blog, bem documentadas, estimularam investigações do Ministério Público e condenações. Chegou a ser citado na sentença de um juiz que condenava um prefeito do interior a devolver dinheiro público.Talvez não tenha feito jornalismo na forma e padrão convencional, disparando adjetivos tortos e alguns “filhos da puta” a mais. Ganhou mais de 50 processos por isso. Dependendo da teoria de análise, alguns vão dizer que nem jornalismo fez, era só denuncismo. Mas foi um defensor apaixonado da ilha e seu povo (nós), e fez o que o jornalismo local não faz: desmascarou, denunciou, investigou e provou irregularidades. Mostrou ali, no blog público e acessado por mais de cinco mil pessoas por dia, a mão grande e a completa desfaçatez de quem é muito bem pago para escolher por nós – e que faz questão de escolher apenas por eles.Deixa seguidores fiéis, que viram nesse justiceiro dos bytes a voz comunitária da indignação. A pressão, vocês devem imaginar, é terrível. No último achaque do poder, dava depoimento em processo movido por Dário Berger quando recebeu uma ilegal voz de prisão ao responder pergunta do promotor – que tem cargo público e não poderia estar ali.Tá tudo documentado no blog dele, aparece lá. Descubra um pouco mais sobre o que realmente acontece na sua cidade. Como ele mesmo escreveu, o blog entra para a história de Florianópolis.
“Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade.” – George Orwell”